Por um estado laico



Conforme disposição da constituição brasileira. o Brasil oficialmente é um estado laico.

Então seria equivalente dizer que o culto religioso não tem caráter oficial dentro do espaço federativo no que se refere à administração sobre todo território nacional.

Há quem argumente o fato do catolicismo representar a maioria da população, e que por isso justificaria tal feriado no dia 12 de outubro, ou que simplesmente seja uma forma de manter os costumes e tradição de um passado histórico.

Bem, a primeira hipótese pode ser derrubada, quando se analisa os números que confirmam o crescimento do protestantismo entre a população brasileira, logo, em algum momento o catolicismo iria ter a representação diminuída gradativamente.

Pela segunda argumentação, seria interessante o país também preservar a imagem do Saci-pererê, Boto Rosa, Negrinho do Pastoreio que também fazem parte das tradições regionais.

O feriado de hoje, confere a um judeu, um protestante ou um pai de santo que feche seu estabelecimento comercial, do contrário, fará um acordo fornecendo benefícios a seus empregados, para que assim seu empreendimento seja aberto. Agora vejamos, imagine se fosse instituído um feriado nacional em homenagem ao “Dia do Ateu”, “Dia do Evangélico”, ou o “Dia dos Orixás”.

Como ficaria o sentimento dos administradores de instituições educacionais católicas, sabendo que as universidades PUC ou qualquer colégio católico terá que respeitar o feriado?

Um estado laico, não professa nenhum credo justamente para respeitar a diversidade religiosa, já que é impossível criar um feriado para todas as religiões existentes.

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3 comentários:

  1. Concordo. Costumo dizer que vivemos em um "pseudo estado laico", há outros aspectos ainda, eu por exemplo tenho uma filha de três anos que estuda em colégio particular dito laico, e todo ano tem natal e páscoa no colégio, sob o escudo da chamada tradição, mas como ficaria minha filha se eu fosse judeu por exemplo?

    Penso que vivemos numa democracia, tudo bem, mas a direção do colégio nunca fez uma pesquisa com os pais anes destas datas para saber quantos querem ou não que o seu filho/a receba na sala de aula estórias de papai noel, nascimento de Jesus e pinheirinho. Provavelmente a maioria votaria pelo sim, mas daríamos espaço para a voz do não e com o tempo esta voz pode tomar força, talvez muitos pais hoje em dia tanto por postura filosófica ou crença religiosa não queiram mais estes folclores para seus filhos na escola. Temos que levantar esta questão, já conquistamos a democracia no campo político mas ainda nos resta conquistá-la no campo filosófico-espiritualista.

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  2. é que a própria constituição é repleta de referências a Deus (ou seja, o estado, que deveria ser laico, é religioso)!

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  3. No final de um ano qualquer, numa empresa qualquer o patrão começa a organizar a tão pelos funcionários esperada “XV Festa de Natal e Confraternização”, todos os setores estavam alvoroçados; executivo, administrativo e produtivo. Segundo boatos que corriam a boca pequena, desta vez o patrão alugaria um belo sítio nos arredores da cidade, teria piscina, quadra, sinuca, churrasqueira e tudo mais e também segundo estes mesmos boatos a festa começaria numa sexta e iria até domingo de tardinha e mais, a empolgação dos funcionários se estendia porque desta vez o patrão autorizaria cada funcionário a levar dois convidados; estavam todos cheios de planos, quando senão, “sêo” Nestor; chefe do RH avisa ao patrão que o Sr. Adshalon e sua família não iram a tal festa comemorativa e o patrão indaga; mas por quê? Bom, ele é judeu. O patrão reúne toda a empresa no pátio e anuncia em alto e bom tom... “Este ano, por nossa empresa ser uma empresa laica, onde todos têm o direito de crença ou credo e principalmente em respeito ao nosso novo funcionário, Sr. Abshalon, que, diga-se de passagem, é judeu, NÃO FAREMOS A FESTA NATALINA DESTE ANO.”

    Bom, pode ser dia 12 de outubro dia de Nossa Senhora, pode também ser dia das crianças, mas se preferir; dia do professor e porque não; dia do deísta, eu prefiro a última sugestão.

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